Os homens turcos não são
conhecidos por usarem saias, ainda mais, isso não faz parte da tradição deles.
Mas a expectativa é que eles irão se tornar um número grande de em Istambul, em
protesto contra a violência contra as mulheres na Turquia.
A ‘onda’ de protestos começou
quando a estudante Ozgecan Aslan, 20 anos, foi assassinada brutalmente por um
motorista de ônibus na capital turca no dia 11 de fevereiro. Ela tentou se
livrar com spray de pimenta mas foi atacada e esfaqueada. O assassino não
contente, ainda a atacou com uma barra de metal, levando a estudante a óbito. O
corpo da estudante só foi descoberto dias depois.
Recentemente, a imprensa
internacional vem noticiando a semana toda sobre o assassinato da jovem
estudante, que gerou uma revolta na comunidade internacional, não somente nas
ruas mas também online. Mais de 6 milhões de pessoas utilizaram o Twitter em protestos,
e muitos utilizaram a web para compartilharem suas experiâncias, a maioria
sobre abusos. Mas no país vizinho da Turquia, o Azerbaijão, onde maioria das
pessoas fala a língua turca, a reação do público masculino foi inesperada.
Os Azerbaijaneses, estão enchendo
as redes sociais como Twitter e Facebook usando a hashtag
#ozgecanicinminietekgiy que traduzido para o português “vista uma minissaia por
Ozgecan”. No Twitter a hashtag começou a ser utilizada na quarta-feira e até o
momento, cerca de 1.500 pessoas a usaram, sendo uma média de 51% usada por
homens. No Facebook a campanha teve uma
mensagem importante “Se uma minissaia é responsável por tudo, se vestir uma
minissaia significa imoralidade, se uma mulher que veste minissaia está
recebendo insinuações do que vai acontecer com elas, então nós todos estamos
recebendo uma insinuação”.
Contudo, nem todos estão
convincentes de que a campanha seja necessária ou uma boa ideia, um usuário do
Twitter fez questão de ressaltar “Qual seria o ponto disso? Qual é ação final?”
o usuário ainda citou que se trata de uma campanha ‘estúpida’, o mesmo usuário
enfatizou, “Ao invés de dar um suporte real à mulher de um modo mais prático,
colocar uma peruca ou vestir uma saia não vai dar nenhum efeito positivo, em
meio de civilizações conservadoras como a Turquia e o Azerbaijão. Esta companha
não vai ajudar de nenhuma forma, talvez na Europa, mas não aqui”.
Neste ponto, a campanha da
minissaia estava conseguindo aumentar o apoio da mídia nos casos de violência a
mulher nos países de maioria árabe, a maioria das imagens dos homens vestindo
minissaias continua fazendo sucesso na Turquia e o debate sobre o caso da Aslan
tem sido colocado em pauta pelos oficiais do Azerbaijão, liderado pela Primeira
Ministra Elmira Akhundova.
Fonte: Geledes
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